gostaria de ser o tipo de poeta que inspira pessoas derrotadas seja por si mesmo e ou pelo mundo ser o arquétipo que sonha que rompe com malha espessa da realidade áspera via planícies de palavras macias e que mesmo se arrastando ainda erguem estandartes multicoloridos em seus pulsos inflamados enquanto o pesadelo no retrovisor acena sinto a substância translúcida da vida reverberar no ar através de suas gargantas revoltadas acho belo e percebo-me mortx minha covardia e preguiça se confundem os personagens que eles me etiquetaram agonizam quem estou prestes a não se(i)r e a beleza de poeta que me deram não limpa minha hipocrisia de dentes acomodados
Ana Mendes
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