Esfregou tanto a buceta no rosto dela, feito cachorra no cio que se arrasta por aí, que abriu levemente o seu crânio na parte de trás. A vontade do gozo a fez assassina, quis adentrar a boca com força.
Segurou a franja da moça que estava por baixo e se mexia tão freneticamente que não percebeu quando a menina não mais se enfiava em sua vagina com a língua e que estava estaticamente sufocada. Goza. Os músculos de suas pernas relaxaram e agora apenas uma suave ofegação preenchia o silêncio escuro e fúnebre da sala.
Não mais sobre o rosto, afasta-se lentamente e se senta sobre o peito do corpo que ali jaz. Ela ofega tão alto que não escuta o silêncio de sua vítima. Só percebe que não há mais vida ali, quando o sangue escorre ao ponto de bater nas pontas dos dedos do pé. O estranhamento de um líquido pastoso e morno ao invadir seus pés, toma seu corpo. Com a mão direta toca o sangue, ela cheira, lambe e atesta o gosto férreo: é sangue. Calmamente, pelo nome, chama a sangrenta... sem resposta.
Se levanta, caminha até a cozinha manchando o chão, puxa uma cadeira, acende um cigarro, agora tingido de vermelho, cruza as pernas e olha fixamente para o nada: em seus olhos e lábios, um sorriso cínico e gargalha da piada do orgasmo.
Ana Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário