Eu que não te conheço, gosto desse eu que sou contigo. Eu que não me conheço, gosto desse eu contigo... Eu que não conheço o timbre da tua voz, nem o cheiro do pescoço, nem teu gosto... Gosto... dos poemas, onde lhe desconheço, invento e dou existência. Nesse agora, tens a textura rugosa do guardanapo, sobre a superfície lisa do livro: te escrever é macio...
As letras, rabiscadas com a caneta bic, tinge o teu opaco de guardanapo, lhe dá curvas, sons e entonações. O traço impreciso do teu nome se mexe na minha língua...
Não te digo agora...
para que a vontade de ser continue na minha boca e sem ponto
foda
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