As lembranças sugam-me a cada sono
a cada sonho
uma saudade sem rosto
um beijo sem língua
e meus olhos
que desviam
faz morada
quando adormeço
e arregaça minhas pálpebras
átomos que se depositam em mim
há tantos corpos aqui
tantos cheiros
gostos e texturas
tantos outros que se dissiparam
como se fossem fios de cabelos que caem
no banheiro, como roupas esquecidas
entre a parede e a cama
ou como poemas
que só
gosto quando escrevo....
meu peito ainda está aquecido
por lembranças opacas
e pela beleza que escapa:
que foge a qualquer tipo de permanência
e das palavras
sendo ela só
trágica e iminente
emana...
Ana Mendes
a cada sonho
uma saudade sem rosto
um beijo sem língua
e meus olhos
que desviam
faz morada
quando adormeço
e arregaça minhas pálpebras
átomos que se depositam em mim
uma saudade sem rosto
que se encorpa a cada partidahá tantos corpos aqui
tantos cheiros
gostos e texturas
tantos outros que se dissiparam
como se fossem fios de cabelos que caem
no banheiro, como roupas esquecidas
entre a parede e a cama
ou como poemas
que só
gosto quando escrevo....
meu peito ainda está aquecido
por lembranças opacas
e pela beleza que escapa:
que foge a qualquer tipo de permanência
e das palavras
sendo ela só
trágica e iminente
emana...
Ana Mendes
Visceral condensação da experiencia comum humana
ResponderExcluirégui!
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