O que me dói é a rotina-derrota dos dias
que nos come
o que me dói é a gente definhar
aos poucos pelos poros
o que dói numa manhã fria
é lembrar o futuro:
nosso sentir dissipando-se no ar
e nossa carne morta
Afago teus rosto
enquanto a pele e o toque
ainda aglutinam um inteiro
Mais um dia
mais uma despedida
do inevitável e inefável
existir-sucumbir
Ana Mendes
que nos come
o que me dói é a gente definhar
aos poucos pelos poros
o que dói numa manhã fria
é lembrar o futuro:
nosso sentir dissipando-se no ar
e nossa carne morta
Afago teus rosto
enquanto a pele e o toque
ainda aglutinam um inteiro
Mais um dia
mais uma despedida
do inevitável e inefável
existir-sucumbir
Ana Mendes
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