Ai!
Meu coração pulsa
feito um soco de dentro
Para fora
A fome arranha o buxo
Me lembra que ainda
Estou aqui
Me matando
Em cima dessa cama
E grita: acorda!
Meus olhos tardios
Lagrimejam remelas
Enquanto essa boca amarga
Boceja poemas
O cu pisca
Sinaliza outro poema matinal
Esqueço de lavar as mãos
E os coliformes fecais
Temperam meu pão
A fome continua a reclamar
Ausências;
A preguiça me faz perder
outros poemas;
A pressa me faz garrancho;
A boca chupa o nada
Simulando o estralo
De quem sorve o tesão
Meus dedos molhados
masturbam palavras
Que são mais vívidas
Que eu
Quando a rima rouba
O que eu dizia
Para ser apenas bonito
Paro de escrever
Para não ser versos vazios:
Dê sentidos!
Boa tarde!
Ana Mendes
Meu coração pulsa
feito um soco de dentro
Para fora
A fome arranha o buxo
Me lembra que ainda
Estou aqui
Me matando
Em cima dessa cama
E grita: acorda!
Meus olhos tardios
Lagrimejam remelas
Enquanto essa boca amarga
Boceja poemas
O cu pisca
Sinaliza outro poema matinal
Esqueço de lavar as mãos
E os coliformes fecais
Temperam meu pão
A fome continua a reclamar
Ausências;
A preguiça me faz perder
outros poemas;
A pressa me faz garrancho;
A boca chupa o nada
Simulando o estralo
De quem sorve o tesão
Meus dedos molhados
masturbam palavras
Que são mais vívidas
Que eu
Quando a rima rouba
O que eu dizia
Para ser apenas bonito
Paro de escrever
Para não ser versos vazios:
Dê sentidos!
Boa tarde!
Ana Mendes
"Esqueço de lavar as mãos
ResponderExcluirE os coliformes fecais
Temperam meu pão", exato, não há assepsia quando negamos a natureza da normalização, há a realidade quando estamos à beira do nosso ancestral forte que não tinha acesso à extirpação do ser "sujo" sem assépcia não natural, nem ao menos tempeiro. Temos pouco gosto nosso de animal, temos muito de outros gostos químicos e tóxicos, um simples coliforme fecal é mais bem vindo do que os tóxicos, fluor (des)congnitivos controladores e formol do alimento que não nos significa a dor da digestão. (tuas poesias me dão dor no centro do estômago. Desculpe se escrevo nada com nada...o nada é agora a dor de dormir condizido lentamente.
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